Agricultora do sul da Bahia cria barraca para cliente comprar e pagar na confiança

 

Agricultora do sul da Bahia cria barraca da confiança (Foto: Divulgação

Nas margens da BR-101, entre os municípios de Itabuna e Buerarema, uma pequena barraca chama a atenção pelo seu modelo de negócio. Sem vendedores, o estabelecimento expõe seus produtos sem qualquer supervisão e os clientes realizam a compra sozinhos. No esquema “pague e pegue”, os compradores selecionam os itens e colocam o dinheiro em uma caixinha que fica no local. Até o troco é retirado por conta própria.

A “barraca da confiança” pertence à agricultora Iraildes Oliveira. Morando próximo ao ponto de vendas, ela mesma planta frutas, legumes e hortaliças e as coloca à venda. “Planto de tudo um pouco. Tudo o que nós temos vai ali para aquele cantinho [a barraca]. Foi meu filho que me deu força para criar a barraca. Ele disse que se não desse certo, a gente tirava, mas está dando certo, graças a Deus. Deus tem mandado pessoas boas para nos ajudar comprando”, contou em entrevista à TV Santa Cruz. Pelo menos duas vezes ao dia, ela vai ao ponto de vendas para renovar o estoque e conferir os pagamentos realizados. “Todo mundo que passa nessa estrada, que seja uma luz brilhante que Jesus deixou na terra. Que sejam honestos e que continuem comprando e ajudando, não só a mim, mas a qualquer pessoa que venda nessa estrada. Deixando muito exemplo de honestidade, porque o nosso mundo precisa”, comentou.


A barraca da dona Iraildes ficou conhecida após o policial rodoviário Vinicius Alcântara gravar um vídeo no local e publicar nas redes sociais. “A gente estava fazendo uma ronda de rotina, quando vimos um veículo nas proximidades (da barraca) que talvez precisasse de ajuda. Foi quando abordamos e descobrimos que aquela família estava comprando mercadorias nesse espaço”, disse. “Ela (barraca) é muito mais do que uma questão comercial ou de mercado. Ela espalha um sentimento de esperança, de confiança e de que as relações humanas podem ser muito melhores do que são”, concluiu o policial. 

Correio

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