No início da tarde, um assessor do ministro do Interior da Ucrânia disse que as negociações já tinham começado. As informações foram divulgadas por agências internacionais de notícias.
O presidente Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse neste domingo, que concordou em conversar com a Rússia e o encontro foi marcado na fronteira com Belarus, perto de Chernobyl.
Belarus passou a centralizar atenções na guerra, após o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, fazer alertas de uma possível investida militar bielorrussa. A Comissão Europeia também fez o mesmo tipo de acusação.
Os russos já controlam a usina nuclear de Chernobyl desde quinta-feira (24/2). Lá, um grave desastre nuclear ocorreu em abril de 1986. O governo ucraniano preocupa-se, sobretudo, com um depósito de resíduos nucleares que existe no local. Noventa e duas pessoas são feitas reféns.
Mais cedo, neste domingo (27/2), o governo russo disse que enviou uma comitiva a Gomel, na Belarus, para negociar. Os ucranianos recusaram o encontro, alegando que o país não é neutro – tropas russas partiram de Belarus para invadir a Ucrânia.
O líder bielorrusso, Alexander Lukashenko, porém, entrou em contato com Zelensky, que concordou em mandar representantes ucranianos para falar com os russos.
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existem desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).
Rússia avança
Neste domingo (27/2), as tropas russas entraram na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv. Além disso, mísseis balísticos atingem refinaria e gasoduto em território ucraniano.
O governo russo afirmou que uma delegação teria sido enviada a Belarus para discutir termos de um acordo de paz com a Ucrânia. Os ucranianos, entretanto, alegaram que as ofertas foram declinadas “categoricamente”. Depois disso, Zelensky divulgou a mensagem no Twitter.
Diante do aceno, o governo ucraniano entrou com uma ação contra os invasores no Tribunal Internacional de Justiça da Organização das Nações Unidas (ONU), em Haia
“A Ucrânia entrou oficialmente com uma ação contra a Rússia no Tribunal Internacional de Justiça da ONU, em Haia. Exigimos que a Rússia seja responsabilizada por distorcer o conceito de genocídio para justificar a agressão”, escreveu o presidente ucraniano.
Zelensky também solicitou que o órgão marque uma conversa entre as partes. “Pedimos ao tribunal que ordene imediatamente à Rússia que cesse as hostilidades e agende uma audiência na próxima semana”, assinalou.
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