Em cada canto da Bahia, de norte a sul do mapa, é possível encontrar canteiros de obras, mas somente em 48% deles há construtores trabalhando. Isso porque, 926 das 1.770 obras existentes no estado, que juntas somam R$ 1,5 bilhão em investimento já recebidos, estão paralisadas. As informações são do Painel Acompanhamento de Obras Paralisadas, ferramenta do Tribunal de Contas da União (TCU) atualizada anualmente.
Das 926 obras paralisadas, o maior gasto foi com o projeto de duplicação, implantação de vias laterais, adequação de capacidade, restauração com melhoramentos e obras de arte especiais da BR-116. Com investimento total de R$ 297 milhões, a obra já teve liberada a quantia de R$ 263,1 milhões, mas está paralisada sem que haja justificativa pública no painel do TCU.
Embora o maior gasto tenha sido com o setor de transporte, o segmento com maior número de obras paralisadas é a educação básica. Conforme levantamento, são 412 construções congeladas no estado. Os projetos preveem o erguimento de escolas e creches que, em todo o território baiano, exigiriam R$ 508,3 milhões em investimentos. Desse total, R$ 215 milhões já foram disponibilizados, mas uma parcela significativa sequer foi utilizada por dificuldade técnica do tomador, rescisão de contratos, gestão anterior irregular, abandono da empresa, dentre outras razões.
Já na educação superior, 12 obras que receberam um total de R$ 8,8 milhões em repasses do Ministério da Educação estão paradas na Bahia. Trata-se de reformas, reparos e construções na Universidade Federal da Bahia (Ufba), na Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) e na Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob).

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