Uma operação policial na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, deixou ao menos 22 pessoas mortas nesta terça-feira (24). De acordo com a Polícia Militar, a ação começou ainda na madrugada e foi encerrada por volta das 16h40.
Entre os mortos, uma moradora da região, identificada como Gabrielle Ferreira da Cunha, de 41 anos. Ela foi baleada dentro de casa, no entorno da Vila Cruzeiro durante a madrugada e não chegou a ser atendida em uma unidade de saúde.
Além dos óbitos já confirmados, cinco pessoas estão feridas, incluindo um policial civil, identificado como Sérgio Silva Rosário, que foi ferido no rosto por estilhaços de bala enquanto fazia perícia no local. Dentre os cinco baleados também estão dois homens considerados suspeitos pela polícia, além de uma mulher e um homem que foram socorridos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Segundo a PM, o conflito teria tido início quando agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da PRF foram atacados a tiros quando iniciavam uma “operação emergencial” na comunidade. A operação buscava prender chefes do Comando Vermelho no Complexo da Penha.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) instaurou, nesta terça-feira, um procedimento investigatório para apurar as circunstâncias das mortes ocorridas durante a operação. Em nota, o MPRJ informou que determinou que o comando do Bope envie, em um prazo máximo de dez dias “o procedimento de averiguação sumária dos fatos ocorridos durante a operação, ouvindo todos os policiais militares envolvidos e indicando os agentes responsáveis pelas mortes, além de esclarecer sobre a licitude de cada uma das ações letais”
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